"As palavras – eu o imagino freqüentemente – são pequenas casas com porão e sótão. O sentido comum reside ao nível do solo, sempre perto do ‘comércio exterior’, n no mesmo nível de outrem, este alguém que passa e que nunca é sonhador. Subir a escada na casa da palavra é, de degrau, em degrau, abstrair.
Descer no porão é sonhar, é perder-se nos distantes corredores de uma etimologia incerta, é procurar nas palavras tesouros inatingíveis. Subir e descer, nas próprias palavras, é a vida do poeta. Subir muito alto, descer muito baixo; é permitido o poeta unir o terrestre ao éreo. "
(Apud Fernando Paixão, O que é poesia. São Paulo: Brasiliense,1998, p.80.)
sábado, 28 de setembro de 2013
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
notícia de jornal
Jovem desabafou dias e horas antes de se suicidar: “Quando pensamos em suicídio, não queremos acabar com a vida, mas com a dor que ela nos faz passar”
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
domingo, 8 de setembro de 2013
Não pude morrer ontem de noite pois não tive paixão suficiente, tampouco, delicadeza. Hoje tenho algumas tarefas domésticas a serem feitas, também tinha que começar uns trabalhos da faculdade. Além do mais, domingo seria um péssimo dia para morrer. Será? Amanhã, talvez, a caminho do trabalho, no metrô. E tudo possa parecer um acidente. Mas em todo caso, atrapalharia o tráfego. Viraria uma nota no jornal. Seria de muito mau gosto pra quem não queria transtornar a vida das pessoas.
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