quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Arquiescrita

Busco uma presença na ausência. Um substituto pra Deus. Busco no Outro minha salvação. Sandice. Não há redenção. Há apenas abnegação e memória. Tudo será memória.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

No princípio não era o Logos ...

No princípio era uma queda infinita. Abismo atrás de abismo, o caos, o nada. Mas o poeta no filme desdenha a morte e faz da poesia um sentido pro caos. Caos primordial e que abarcava o mundo, um abismo infinito.Como o poeta tento procurar um sentido prum mundo sem sentido, mundo caduco. Ingenuidade. Falta de sabedoria. A morte bateu novamente a minha porta e eu tive medo.

sábado, 9 de novembro de 2013

Bendita primavera

Hoje você estava tão leve e bela em seu vestidinho primaveril que quase me fez esquecer das intermitências da morte.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A morte não só como cessação de vida mas como qualquer tipo de interrupção irremediável. Essa morte também me interessa. Todas as faces da morte me interessam.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Amar e ser mortal é angustiante

Um demônio sonhando a morte dos homens. Quero escrever como um demônio que sonha  o maior medo dos homens, inexorável e irreversível ...

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Desejo

Quero escrever como Pizarnik, criar como Onetti, calar como Rulfo. Mas o tema sempre girará em torno da morte e suas variações.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

"? Posibilidades de vivir? Sí, hay una. Es una hoja en blanco, es despeñarme sobre el papel, es salir fuera de mi misma y viajar en una hoja en blanco."
ALEJANDRA PIZARNIK

sábado, 28 de setembro de 2013

Gaston Bachelard

 "As palavras – eu o imagino freqüentemente – são pequenas casas com porão e sótão. O sentido comum reside ao nível do solo, sempre perto do ‘comércio exterior’, n no mesmo nível de outrem, este alguém que passa e que nunca é sonhador. Subir a escada na casa da palavra é, de degrau, em degrau, abstrair.

    Descer no porão é sonhar, é perder-se nos distantes corredores de uma etimologia incerta, é procurar nas palavras tesouros inatingíveis. Subir e descer, nas próprias palavras, é a vida do poeta. Subir muito alto, descer muito baixo; é permitido o poeta unir o terrestre ao éreo. "          

              (Apud Fernando Paixão, O que é poesia. São Paulo: Brasiliense,1998, p.80.)

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Será que só a literatura pode despertar as ilusões e os desejos? As drogas e o álcool funcionam pra algumas pessoas mas não funcionam mais pra mim ...

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Às vezes é difícil criar fantasias num mundo de pessoas tão indiferentes. E o desejo fenece. E a vida não faz sentido.

notícia de jornal

Jovem desabafou dias e horas antes de se suicidar: “Quando pensamos em suicídio, não queremos acabar com a vida, mas com a dor que ela nos faz passar”

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Faz vinte anos que Margarida morreu. Vinte anos que minha mãe faleceu e parece que foi ontem. Não sinto orgulho pelo contrário tenho vergonha de admitir isso. Mas é o que eu sinto, não posso negar.

domingo, 8 de setembro de 2013

Não pude morrer ontem de noite pois não tive paixão suficiente, tampouco, delicadeza. Hoje tenho algumas tarefas domésticas a serem feitas, também tinha que começar uns trabalhos da faculdade. Além do mais, domingo seria um péssimo dia para morrer. Será? Amanhã, talvez, a caminho do trabalho, no metrô. E tudo possa parecer um acidente. Mas em todo caso, atrapalharia o tráfego. Viraria uma nota no jornal. Seria de muito mau gosto pra quem não queria transtornar a vida das pessoas.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Só a morte me interessa. A morte e seus frutos, sem mistificação. Pois a ideia de deus está gasta, se degastando intermitentemente.